A alimentação é um dos alicerces fundamentais para o pleno desenvolvimento físico e mental de todas as crianças. A criança começa a desenvolver a sua aprendizagem desde o momento do seu nascimento, sendo assim, deve ser incluído nesse processo o aprender a comer corretamente de modo benéfico e agradável.
A criança ainda não possui maturidade suficiente para entender e escolher quais alimentos devem ser ingeridos no seu dia a dia. Cabe aos pais, responsáveis e a nós como professores, ajudá-la a fazer as escolhas certas, conversando e explicando porque tal alimento deve ser ingerido e outro não. Quais prejuízos a alimentação incorreta vai acarretar para a sua saúde e o quanto uma alimentação mais natural irá favorecê-la.
Existem aspectos a serem observados quando falamos de alimentação saudável em se tratando do país no qual vivemos. O Brasil é um continente de contradições. Enquanto milhares de pessoas morrem de fome, uma porcentagem enorme da nossa produção de alimentos, é jogada no lixo. O desperdício de alimentos, principalmente nos grandes centros, gera a fome de muitas pessoas em outras partes do país. Vivemos em um país de desperdício incalculável e inaceitável diante dos fatos que presenciamos cotidianamente do nosso povo já tão carente de tudo.
Existe ainda outro descalabro da nossa sociedade. Enquanto muitas das nossas crianças morrem por desnutrição, outras estão ficando cada vez mais obesas. Constatamos a total desarmonia nutricional existente em nosso país.
A obesidade infantil brasileira caminha a passos largos, as nossas crianças estão adquirindo muito cedo hábitos alimentares impróprios para a sua saúde e desenvolvimento, aliados ao ócio cada vez maior diante da tv e principalmente do computador. O comportamento infantil mudou com o passar do tempo com o advento nas novas tecnologias e os produtos industrializados. Se em décadas passadas as crianças brincavam na rua exercitando corpo e mente com brincadeiras coletivas como amarelinha, pique-esconde, queimada, carrinho de rolimã, hoje elas estão cada vez mais enclausuradas dentro dos seus apartamentos, inertes, ingerindo sem parar alimentos ricos em gorduras e açúcares. Isso tem afetado até mesmo o convívio social das crianças, pois estão cada vez mais isoladas, comunicando-se com os seus amigos através das redes sociais da internet.
A criança passa grande parte do seu tempo na escola, e cabe a ela a sua parcela de contribuição, juntamente com a família, no que diz respeito a orientação que leve a uma alimentação adequada.
A merenda escolar por muitas vezes, se constitui na única alimentação diária da criança. Pensando nisso, existem alguns programas governamentais como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), onde são determinas as regras de como a verba destinada para esse fim será administrada, garantindo assim pelo menos uma alimentação digna aos alunos das escolas públicas brasileiras.
Referências Bibliográficas:
http://www.sesc-sc.com.br/saude/?c=projeto&p=128, acesso em 17/03/2011
http://www.obesidadeinfantil.org/obesidade-infantil/alimentacao-infantil/, acesso em 18/03/2011
http://www.educacional.com.br/reportagens/obesidade/default.asp, acesso em 18/03/2011
http://www.portaltransparencia.gov.br/aprendaMais/documentos/curso_PNAE.pdf, acesso em 19/03/2011
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